Cerca de 60% da energia que é consumida no Brasil vem das usinas hidrelétricas e que, atualmente,  enfrentam a pior estiagem dos últimos 91 anos, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E é em meio a esse cenário, com o adicional de possível racionamento de energia e aumento das tarifas de consumo, que a economia no país espera uma retomada significativa.

O impacto direto em investimentos nas empresas que dependem de usinas hidrelétricas é evidente. Mas, é importante destacar que, mesmo em meio a uma crise dessas proporções, a situação é passageira e abre um leque de oportunidades para quem investe em empresas com matriz energética mais diversificada.

Segundo o economista André Falcão, da Múltiplos Investimentos, para o investidor de longo prazo não há motivos para desespero. “De maneira geral, o setor elétrico é relativamente estável na bolsa e tende a se recuperar bem dos impactos da crise hídrica, até porque já há uma previsão de normalização das chuvas no ano que vem. Mas, sem dúvidas, o cenário atual faz despertar o interesse por empresas que possuem uma matriz energética mais diversificada e que investem em energia alternativas. Esses negócios deverão passar pelo período atual com maior facilidade que aqueles focados apenas na produção hidrelétrica”, explica.

Para o economista, um exemplo de fonte de energia alternativa que vem ganhando atratividade é a nuclear.

“Apesar de atualmente só existirem opções de investimento no setor através do exterior, a energia nuclear possui a vantagem de ser independente das condições climáticas e época do ano. As usinas modernas dessa categoria são destaques em segurança e tentam deixar para trás o estigma negativo que existe para a maior parte do público geral”, atesta.

Distante dessa possibilidade, o investidor brasileiro deve entender que a crise hídrica deve ser vista como passageira e, talvez, até sirva para acelerar as tendências de evolução do setor no país. “Agora é importante para o investidor selecionar empresas com uma estrutura financeira saudável, com geração de caixa e poucas dívidas. Essas tendem a passar melhor por esse período de dificuldade já que não possuem tanta dependência financeira dos resultados de curto prazo”, completa.

Radar Econômico

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