Entre os dias 6 e 7 de março, das 13h às 21h30, Pernambuco será palco da EXPORENOVÁVEIS. O evento contará com estandes e palestras distribuídos em 450m² do Museu Cais do Sertão, no Recife Antigo. Na pauta, novas tecnologias, lançamentos de produtos, legislação, cenário econômico e estratégias empresariais do setor de fontes de energia renováveis. Aberto ao público, a exposição – realizada pela Associação Pernambucana de Energias Renováveis (APERENOVÁVEIS) – espera reunir cerca de quatro mil pessoas, entre investidores, estudantes e acadêmicos, além de instituições públicas e privadas da matriz energética sustentável de todo o Brasil.

Maior desafio da geração atual, especialistas acreditam que a transição energética é o motor que pode acelerar o crescimento de uma indústria verde. E, algumas referências no tema vão contribuir para o evento, como Hewerton Martins (DF), liderança nacional do Movimento Solar Livre; Joiris Dachery (PR), CEO da Energês; o especialista em energia solar Vinicius Ayrão (RJ), que é engenheiro e palestrante; Vanessa Martins (MS), mestre em eficiência energética e especialista em Micro e Mini Geração Distribuída – MMGD (energia fotovoltaica); o advogado Lucas Pimentel (PE), que atua em Direito de Energia, entre outros convidados.

O Nordeste é líder na geração de energia por fontes limpas

Ao longo da última década, o Nordeste se tornou líder na geração de energia por fontes limpas no país. O potencial da região em energia solar é impressionante, com média de mais de 2.200 horas de sol por ano, oferecendo uma fonte inesgotável de energia renovável. Essa condição climática favorável não apenas garante altos índices de eficiência nas instalações, mas também reduz significativamente os custos de manutenção, tornando o investimento ainda mais atrativo. Somados, os estados nordestinos são responsáveis por produzir 82,3% de energia solar e eólica no Brasil. Além disso, 78% dos projetos em fase de construção estão no Nordeste, o que colabora com a redução da emissão de gás carbônico (descarbonização), um importante legado para a sustentabilidade.

No panorama brasileiro, Pernambuco tem sua contribuição. É o 13° estado em capacidade de potência instalada em energia solar, com mais de 76,5 mil usinas espalhadas desde a capital até o sertão. Petrolina, Recife e Caruaru são, nessa ordem, as cidades que mais produzem. Segundo a Junta Comercial de Pernambuco (JUCEPE), hoje existem pouco mais de 560 empresas com CNPJ ativo atuando com geração de energia solar, além de 62 que se enquadram como renováveis, 30 eólicas, 10 de biomassa e 13 usinas de cana-de-açúcar (com potencial ou já atuando na cogeração).

Grandes obras – No Sertão do Pajeú, pouco antes do Carnaval, foi inaugurada em Flores a primeira etapa de uma usina de autoprodução de energia elétrica que vai abastecer unidades da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Com o parque solar, 86 das unidades consumidoras da empresa passarão a operar na distribuição de água e no tratamento de esgoto com energia limpa. A capacidade só da primeira etapa do projeto é de 7MW, com a instalação de 10 mil placas fotovoltaicas para geração de energia, o suficiente para alimentar 11 mil residências de médio porte.

Ícone do turismo brasileiro, o arquipélago de Fernando de Noronha vai receber a primeira Usina Solar Fotovoltaica Flutuante de Noronha. Com o intuito de aprimorar o abastecimento de água na ilha, a planta anunciada pelo grupo Neoenergia e pela Compesa será instalada no espelho d’água do Açude de Xaréu e deve suprir mais de 50% do consumo de energia da Companhia em Noronha. A geração por meio de fonte renovável prevê uma redução de 1.663 toneladas de CO2 emitidos anualmente no arquipélago, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade.

 

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